25 DE NOVEMBRO
ESBBATH LUA CHEIA - LUA PORTAL
HORA DO SAGRADO FEMININO E DA CONEXÃO COM A DEUSA
A palavra Esbbath deriva do verbo esbattre, em francês
arcaico, significando "alegrar-se", pois essas celebrações não eram
tão solenes como os Sabbats, proporcionando, além dos trabalhos mágicos, uma
atmosfera jovial.
Há também uma semelhança com a palavra "estrus" –
o ciclo lunar de fertilidade -, reforçando a idéia da repetição mensal dessas
comemorações.
Durante os Esbats, reverencia-se a força vital criativa,
geradora e sustentadora do universo, manifestada como a Grande Mãe. A noite de
lua cheia ou o plenilúnio, é o auge do poder da Deusa, sendo o momento adequado
para rituais de cura e trabalhos mágicos. Usam-se altares com os símbolos da
Deusa e acrescentam-se os elementos específicos da lunação.
Além dos rituais, há cantos, danças, contam-se histórias e
fazem-se meditações.
No final, comemora-se repartindo pão ou bolo e bebendo-se
vinho, suco ou chá, brindando à Lua e ofertando um pouco à natureza em sinal de
gratidão à Mãe Terra. O pão sempre simbolizou o alimento tirado da terra,
enquanto que o vinho favorecia a atmosfera de alegria e descontração.
Atualmente, os plenilúnios são comemorados não somente pelos
grupos estruturados da Wicca, neo-pagã ou xamânica, mas também por grupos de
mulheres ou pelos "solitários". A Deusa está cada vez mais presente
na vida e na alma das mulheres, os raios prateados da Lua realçando suas
múltiplas faces.
Na Antiga Tradição, nas reuniões praticadas por covens ou
individualmente, o ponto máximo do Esbat é o ritual de "Puxar a Lua",
ou seja, imantar uma sacerdotisa ou mulher com a energia da Deusa. O objetivo
desse ritual é triplo: primeiro, procura-se a união com a Deusa para
compreender melhor seus mistérios; segundo, busca-se imantar o espaço sagrado
com a energia mágica da Deusa e, em terceiro lugar, objetiva-se o equilíbrio
dos ritmos lunares das mulheres e o aumento da fertilidade, física e mental.
Para atrair a energia da Lua, usa-se o punhal ritualístico (átame) ou um bastão
consagrado, direcionando-o para um cálice com água.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpJnd1ztq4bbGFHe6DL_mUpUgvsRNC3NT0EIcgvWEwRT284diSYhshJYKWOs8FwQ_hzEklBY0YdGhEM9P0_DDqPZZmMfQohh6WBvDzOXhwVVj0gzrDG77QXtUt0eTJA2bYbqIbPPGogZoQ/s320/greek-goddess-hairstyles.jpg)
Invoca-se a Deusa e expõe-se seu pedido ou, simplesmente,
entra-se em contato com sua essência, deixando-a penetrar em todo seu ser.
Fundir-se com a energia da Deusa é um ato de realização espiritual e jamais
deve ser usado com fins egoístas, forjando mensagens ou avisos
"recebidos" durante o ritual. Quando o propósito é sincero e o
coração puro, a experiência é sublime e comovente. Após um tempo de
interiorização e contemplação, tornam-se alguns goles da água "lunarizada"
e despeja-se o resto sobre a terra, para "fertilizá-la". Como em
outros rituais, os Esbats devem ser feitos após invocar-se os Guardiões das
direções e os elementos correspondentes, criando-se o círculo mágico.
Além desse ritual tradicional e formal, pode-se celebrar o
plenilúnio de forma mais complexa e criativa, usando-se os conhecimentos
astrológicos da polaridade Sol-Lua. Durante a lua cheia, a Lua se encontra no
signo oposto ao do Sol, estabelecendo-se, assim, um eixo de complementação. Em
certos grupos mistos, trabalha-se a polaridade Sol-Lua reverenciando-se o casal
divino, representado por deuses solares e deusas lunares, escolhidos conforme
as características astrológicas e espirituais do mês.